O Livro Negro das Cores de
Segundo o Tomás, o amarelo sabe a mostarda, mas é
macio como as penas dos pintaínhos.
O vermelho é ácido como o morango e doce como uma melancia, mas dói quando aparece no joelho arranhado.
O vermelho é ácido como o morango e doce como uma melancia, mas dói quando aparece no joelho arranhado.
A subtileza deste livro demonstra a beleza da percepção do
mundo através dos nossos sentidos e na sua complementaridade. Convidando-nos a
reflectir sobre como será aquilo que nos rodeia para quem não vê, esta grande
obra obriga-nos a reformular o mundo através dos seus cheiros, sabores,
texturas, sons; a recriar, de forma imaginativa, as coisas que nos envolvem. Um
livro que nos lembra que há sempre mais para além do que vemos, um livro para
redescobrir a riqueza sensorial do nosso corpo e determo-nos na beleza oferecida
por essa sensibilidade. Exceptuando o texto, todo o livro é negro. No entanto,
as ilustrações em alto relevo e o texto em braille, permitem experimentar as
texturas e jogar com as descrições poéticas das cores.
Fonte: Wook
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